terça-feira, 6 de março de 2012

Atividadde 03


Ler e escrever na cultura digital

Andrea Cecília Amaral inicia o texto ‘’Ler e escrever na cultura digital’’ relatando as culturas antigas, quando a transmissão se dava através das narrativas orais. Diante disso, ela afirma que a escrita inaugurou uma segunda etapa na história da humanidade, tendo em vista que a memória de uma cultura já não cabe apenas no conto. Segundo a autora vivemos um momento novo que surge a partir de uma nova configuração técnica, e incita-nos que a escola deve ser entendida a partir de categorias próprias da cultura escrita, dando ênfase a relação com os textos que devem falar por se mesmo, permitindo ao aluno-leitor descobrir o que o autor quer dizer, seguindo a tendência da busca e da valorização da objetividade e neutralidade. Porém, Ramal chama à atenção para a necessidade de abrir espaço para a diversidade e multiplicidade de interpretações, afirmando portanto que existe espaço também para a subjetividade. A autora aponta argumentos de que as culturas estão sendo compelidas a se alfabetizarem no idioma dominante, sendo inevitável o abandono da língua materna e a forma peculiar que cada cultura tem de ver o mundo e conceber a experiência vivida. Segundo ela, a escola transformou-se num modelo de monologismo, quando a mesma defende o modelo de polifonia. A cibercultura na visão da autora, trás uma relação totalmente nova com os conceitos de espaço, contexto e temporalidade, reforçando o fato de que o tempo está sendo fragmentado numa série de presentes ininterruptos, priorizando o que ocorre no momento exato. O megadesign hipertextual é definido pela autora como um ciberespaço interativo e receptivo a todas as vozes conectadas que desejam escrever uma parte do megatexto, produzido pela inteligência coletiva. É hoje, segundo ela, a nova forma de escrita da sociedade informático- mediático, que funciona também para outras dimensões da realidade. A partir da nova realidade apresentada a autora aborda as mudanças nos processos educacionais nesta cultura digital, ressaltando a necessidade de revermos nossos referenciais teóricos e as relações de poder que surgem na escola a partir dos novos instrumentos tecnológicos. Ela conclui enfatizando a necessidade de reinventar a profissão de professor para continuar acreditando que é possível construir uma pedagogia intercultural. Dessa forma, ela sugere que a escola se torne uma sala de aula aberta à pluralidade de vozes à construção coletiva, à partilha das interpretações, à democracia da palavra, criando condições necessárias para que todas as vozes sejam ouvidas e cresçam juntas
 
1 Ramal, Andrea Cecília. Ler e escrever na cultura digital. Porto Alegre: Revista Pátio, ano 4, n. 14,Agosto-Outubro 2000, p.21-24. 

Postado por: Gerúsia de Oliveira Peixoto dos Santos.
Polo: Mundo Novo
Grupo: G 26
Matrícula: 201120134 

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